tag:blogger.com,1999:blog-27401772243697811182024-03-04T22:57:42.312-08:00PommesGuimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-15284107006302182442012-02-22T18:33:00.003-08:002012-02-22T18:42:33.940-08:00Da vida em espectrosSob as rodas correntes de um ônibus interurbano na madrugada, dou-me conta de um pulsar dolorido. Minhas memórias transcorrem, sobrepostas e percebo que tais quais só existem da cidade em que saio. Dessas viagens vem meus momentos de existência; mas vale se forem pontuais? Reajo pontualmente pois vivo tal como. Se aqui me estagno, apodreço, lá eu defloro, sou. Dei-me conta ontem, no ônibus interurbano, que lá eu vivo.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-84787356581162689262010-11-07T08:25:00.000-08:002010-11-07T08:26:53.744-08:00O pior é quando teus tendões não agem nem para atingir o vital.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-34441768361592596212010-04-30T08:47:00.002-07:002010-04-30T09:01:20.440-07:00Tentativas de elucidação resultam em declínio. Da forma autônoma: faz-se a luz e, de súbito, dá-se conta do 'non sense'. Despedem-se então pelo ralo as tais forças que mantinham-no na rotina (leia-se rotina: comer, dormir, viver, rir, fazer amor. Tem gente que chama isso de viver, embora acredito que a rotina é uma recaída em uma sobrevida). <br />Felizes dos que tem a capacidade de crer em alguma força, seja qualquer ela, ou ter qualquer fé. Qualquer fé.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-91974275365675702212010-03-18T10:17:00.001-07:002010-03-18T10:21:50.234-07:00Sou muito economica com palavras, sim. Minha verborreia vem, mais com estranhos, na mesa sem estopa. Quando calo-me e derramo movimentos de olhos e contracoes de labios, é porque ou, buscando o mapeamento do ser posto a minha frente, observo. Ou, pois julgo o proximo tao conhecedor meu, que fica dispensavel a comunicacao.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-77512046103422826832009-11-23T14:46:00.000-08:002009-12-23T07:19:43.863-08:00Uma das coisas de tamanha significatividade que aprendi após ir além do circuito Campinas-São Paulo, é que o mundo é vasto. Não vasto de possibilidades, mas de terras, de prefeituras, de indivíduos que se multiplicam e se repetem em toda a extensão. Similaridade e frequência. As pessoas, as prosas, os choros, os anseios, as fofocas, as difamações, as visões, as críticas, os padrões (tanto mais os que desmontam quando existe o mínimo de raciocínio lógico), a prisão invisível. <br /><br /><br /><br />O que me angustia é que, se há tantos corpos sem sentido, se há tanto anonimato, os choros e sofrimentos perdem a causa, as vontades de crescimento perdem a causa, os esforços externos perdem a causa. <br /><br />E se nascemos para morrer, e a extensão da morte é nada mais que tudo que já o significou apagado (se já não está apagado em sua vida, perante sua insignificância em meio ao tudo); existe sentido?<br />__________________________________________________<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Sou corujíssima, não aguentei:<br /><a href="http://twitpic.com/usu9k" title="Share photos on twitter with Twitpic"><img src="http://twitpic.com/show/thumb/usu9k.jpg" width="150" height="150" alt="Share photos on twitter with Twitpic"></a><br /><br />Fellini, o meu gato :]Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-23670967381338529112009-11-01T15:40:00.000-08:002009-11-01T16:43:52.820-08:00A angústia é azul<span style="font-style:italic;">Como Trois Couleurs: bleu compõe a liberdade em notas tão aflitas e sinceras.</span><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIU5UPZ_k1vtK5NhTFRqFgufg8CQ3XFS47jVJ3tIi9QtaHUAuxd0JbS_76NG6Ht81J4xlPlliyXS-heuvM7RNlVxoY0HByUV9FWw8voYWKPWHMuvQQvHFgAgykldsvbh_YDWO9rd3rDak/s1600-h/blue1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 217px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIU5UPZ_k1vtK5NhTFRqFgufg8CQ3XFS47jVJ3tIi9QtaHUAuxd0JbS_76NG6Ht81J4xlPlliyXS-heuvM7RNlVxoY0HByUV9FWw8voYWKPWHMuvQQvHFgAgykldsvbh_YDWO9rd3rDak/s320/blue1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399300473380242450" /></a><br /> <br /><br /><br /> A tela é encoberta até o infinito por uma tonalidade serena de azul, sendo o próprio conceito de calmo se não houvesse o corpo da gélida Julie, feita por Juliette Binoche, debatendo-se à exaustão para alcançar as fronteiras da piscina. O volume de águas oscilante decairia facilmente ao clichê e cansativo se não fosse feito da maneira que o é em A liberdade é azul, filme do polonês Krzystof Kieslowski. De maneira sublime, e acima de tudo artística, o filme situa-nos mais que a liberdade, e mais ainda que a angústia remetida aqui: é a exposição de um grande relato dos anseios humanos provenientes dos mais fundos âmagos.<br /> O título, lançado em 1993, inaugura a trilogia das cores produzida pelo diretor em parceria com a França, sendo que os outros dois títulos em português são A fraternidade é vermelha e A igualdade é branca, ambos lançados no ano de 1994. Cores escolhidas em referência à bandeira francesa. <br />Julie, francesa de trinta e três anos, sobrevive a um acidente de carro que provocou a morte de seu marido, um importantíssimo compositor da Europa, e de sua filha pequena. Ela sofre, mas não recai ao exposto e ao piegas do choro exacerbado e do corpo tomado pelo desânimo. Ela tenta se livrar de toda e qualquer evidência do passado e se muda para um bairro suspeito da cidade, com a pretensão de vida de fazer nada. Mas o nada é a última coisa que a encontra. ‘É preciso agarrar-se a alguma coisa’, é o conselho de um mendigo, que predestinadamente, dá-lhe a fórmula da sobrevivência. Mas seria inverdade negar a vontade de sobrevivência de Julie. <br /> Seu jeito atroz e seco para lidar com suas dores é dissolvido no rompimento do silêncio com a música que foi composta pelo seu finado marido, para o hino da União Européia, que estava prestes a consolidar-se na época. <br />Música que é “desrigecedora” de quaisquer queixos, executada pela Orquestra Sinfônica da Tchecoslováquia, é composta pelas notas de um sofrimento não pessoal, mas completamente compartilhável. É reconhecida a música do marido na melodia executada por um artista de rua no sopro da flauta, evidenciando o caráter universal não só da música, mas da angústia. A consternação, a expiação, a aflição da personagem, embora externadas de maneira fria e ímpar, são também universais. A liberdade é azul toca tanto porque é de fácil reconhecimento.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-7841258643264960972009-10-29T18:03:00.001-07:002009-12-28T14:41:18.609-08:00Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-22140241046960473162009-10-27T20:00:00.000-07:002009-10-27T20:07:26.990-07:00Do ápice do êxtase desprende-se meu craquelamento; somente resquício de consciência concreta e excesso de irradiação ofuscante. Externo minha fraqueza com choro, muito choro, cachoeiras e rios.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-75136887899000675222009-10-20T10:15:00.001-07:002009-10-20T10:21:44.434-07:00Já dividi meu apreço pela obra da Lygia Fagundes Telles?<br /><br />Não irei nem explanar o que sinto, acho que esse trechinho dela já fala:<br /><br /><em>"Estranho, sim. As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados. Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e que pode explodir como um terreno minado, muita cautela ao pisar nesse terreno. Com sua disciplina indisciplinada, os amantes são seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio, ameaça. Se o amor na sua doação absoluta os faz mais frágeis, ao mesmo tempo os protege como uma armadura. Os apaixonados voltaram ao Jardim do Paraíso, provaram da Árvore do Conhecimento e agora sabem."</em><br /><br /><br /><strong>A disciplina do amor</strong>Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-89881280104186421262009-10-03T16:44:00.000-07:002009-10-03T16:46:07.643-07:00Sylvie Vartan<object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/PT9uJjFy9qE&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/PT9uJjFy9qE&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-73081588502661992972009-09-16T15:46:00.000-07:002009-09-16T16:09:41.783-07:00MutilaçãoA ossada posta em pressão sobre os joelhos trazia-lhe sensações dolorosas não só físicas, mas não menos fisicamente consistentes. Mas não levantava e não levantaria, preferia continuar rebaixada, aliada aos seres marginais que habitam as camadas mais ermas e rarefeitas do solo. Juntou o rosto ao chão e não sentiu as ressalvas das mechas recém mutiladas, unidas pela salobra lacrimal.<br /> A lucidez espectral recém adquirida havia feito subir-lhe na garganta nojo. Primeiro viera o riso, depois aversão de si mesma. Ria por causa do ridículo da tesoura desgovernada, da imagem desfacelada; ria compassadamente porque havia concordado em personificar a loucura que lhe atribuíam.<br /> Pois bem; estava ali, livre dos cabelos minuciosamente padronizados. Nem eles a haviam transformado parte do todo que vivia. Com quantos escrúpulos se faz alguém pertencente à sociedade?<br /> A sua imagem defronte, o ódio. A incompetência era incumbida à sua existência, não tinha capacidade de sujeitar-se. Era simplesmente avessa aos preceitos e características da cartilha básica. Não compreendia os porquês e os o quês e castigava-se pela carência de graça. <br /> As cores do amanhecer já invadiam a sala e ela permanecia ali, resguardada a sua condição de marginal a sociedade. Venderia sua alma ao diabo só para compreender todos aqueles que a condenavam. Talvez eles que tivessem o feito.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-3184797618135879952009-09-07T19:16:00.000-07:002009-09-07T19:19:26.081-07:00é, menina.Fotografo uma modelo de Bauru mesmo, em um dia nada propício para as roupinhas de verão que escolhemos para ela. Foco a lente para a luz natural, tamanha dificuldade. A escala da câmera foge e a menina posta, no frio, assustada. No auge dos 16 anos ela tem o direito da fraqueza da qual sou obrigada a resvaler-me.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-28177437382830231952009-08-30T13:52:00.000-07:002009-08-30T14:03:06.215-07:00Noite de dezoito primaverasAcústica do tinir metalizado sobre a louça portuguesa. Corre pelas faringes vestígios de massa mal triturada. Bem temperada, sem sal, ao queijo; nem sei. Sei apelas que ela escorre religiosamente, com paladar de desconsolo.<br />A vista feminina busca inutilmente pelo relógio, já propositalmente sem tempo. Imagina que as pilhas acabaram, logo hoje! Suas mãos "relevoosas" marcadas pelo ganha-pão voltaram-se para o infinito prato. Como boa oradora que era tentou sibilar algumas palavras cotidianas, mas acabou deixando-as ao relento. Maternalmente dobrou o guardanapo e limpou os lábios como se o beijasse atenciosamente, em um movimento eterno que ao mesmo tempo que me angustiava me trazia anseio de volta de tempos pretéritos. <br />Corro minha atenção pela longa mesa de magno e conto nas paredes os vestígios de mofo jovem. Pontos negros que se ampliam até fundirem-se em uma incomodante mancha que, parodaxalmente, essencia-se nos locais em que mais prezo a limpeza de meu lar. Ou casa, já desconheço. Indícios de uma infantil, mas significativa derrota. Estranha metáfora da situação.<br />Trinca de copo de bebida. Deixa, esqueça; nunca gostei dele. Desculpas quase forçadas, mas agradecidas. Sempre fora uma figura máscula, mas com suor de autoridade confiável. Raspa os restos do prato impacientemente, sem pretensão de contato. Assim como as mulheres "rocamboleiam" as madeixas os sentimentos temerosos, roça sua calejosa mão no eufemismo de barba mal feita. Lança uma respiração fumegante, inquieto. Ele quer acender um cigarro, quer uma dose de cachaça, quer mulheres. Maqueia em suas masculinidades suas decepções tão transparentes.<br />Olhos fugitivos. Opoem-se à possibilidade de qualquer compartilhamento; encolhem-se nas cadeiras opostas, apesar dos pensamentos iguais. Pratos limpos e retirados. Sem sobremesa; ironicamente senti ali a doçura certa. <br />Intrinsicamente egoísta realizei o êxito de todas as vontades de minh'alma. União dos cacos repelentes (a mim essenciais), mesmo que momentaneamente. Fitei fotograficamente mais uma vez. O gato, a mãe, o pai.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-26450153789406616112009-08-13T13:06:00.000-07:002009-08-13T13:18:33.940-07:00Defenda o direito dos animais!Entrará em votação no congresso a pretensão de alterar uma lei muito importante para os animais, que é resultado de muito suor! Nossa Constituição Federal, em seu art. 225, veda expressamente qualquer prática que submeta animais à crueldade. O art. 32 da LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS (Lei nº 9605/1998) prevê a detenção dfe 3 meses a 1 ano de quem praticar o abuso ou maus-tratos contra animais domésticos, domesticados, silvestres nativos e exóticos. <br />A proposta que entrará em votação é que reja retirado desse texto do art. 32 os animais domésticos e domesticados. Ou seja, ficarão juridicamente desprotegidos os animais em QUALQUER tipo de crueldade, incluindo farras do boi, vaquejadas, cavalhadas, rinhas, criação/comércio, rodeios, circos, tração, entre outros. <br />Não é tamanho retrocesso? É de inefável indignação expor os animais de tal maneira, depois de tanto esforço para criação dessa regulamentação.<br /><br />Se alguém concordar comigo peço encarecidamente que também escreva aos deputados, como eu já fiz, entrando em http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faledeputado<br /><br /><br />segue um link abaixo do Instituto Nina Rosa, com explicações melhores<br />http://www.institutoninarosa.org.br/central/anuncio_vegetarianos_agosto09_web.jpgGuimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-41933939291374480952009-08-07T09:13:00.000-07:002009-08-07T09:24:17.176-07:00Resguardo boníssimas lembranças do extinto cinema Jaraguá, localizado na minha cidade natal de Campinas. Passei muitas tardes, das quais sinto extrema falta, nas salas pequenas, mas aconchegantes, sempre recepcionadas pelo gerente baixinho de gravata borboleta. Especialmente nas sessões, menos ainda apreciadas que as outras, de cinema francês. Foram nelas em que me despertei a menina amolecida que sempre fui, romântica incurável, ingênua a ponto de enojar. Foi sob a companhia de Claude Lelouch que derramei as minhas primeiras lágrimas puras. <br />Eu sempre saí perplexa, muda, após cada exibição. Era como se cada filme merecesse o meu respeito e a minha reflexão, que perdurava no saguão vazio, com alguma ou outra pessoa como eu, recém furtada de algo que não tenho nem a capacidade de explicar. Como se cada palavra, cena, vestígio da cinematografia francesa fosse ao mais súbito de mim, ao mais âmago possível de mim, e externasse-o com força. Após as exibições, havia uma pocinha com dois olhinhos no chão, que era eu, derretida. Em um filme chamado A coragem de amar, repetia-se uma música com o seguinte refrão: BONHEUR CEST MOI QUE LA VIE, com a tradução de A felicidade é melhor que a vida. Resguardo-me à minha condição de espectadora elucidada, mas devo remeter a uma correção do refrão incessante. Não só a felicidade, mas qualquer filme francês é melhor que a vida. <br />Não encontro nada que decifra-me melhor que os esquetes disconexos porém mais conexos que nunca dos filmes do Godard. Que fique registrado, um dia ainda correrei pelo Louvre feito a cena do Band a Part, reproduzida mais tarde nos Sonhadores. Ah se irei!<br /><br />Não irei estender todo meu saudosismo e minha babação para o cinema francês; textos longos na internet acabam por se perder. <br />Vai aí um gostinho, cena do filme Pierrot le Fou, com a inefável Anna Karina:<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/1YeWXAmpkUI&hl=pt-br&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/1YeWXAmpkUI&hl=pt-br&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-55776825271498169182009-07-31T10:59:00.000-07:002009-07-31T11:03:16.261-07:00É por essas que vale a pena ser jornalista<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRmIlfblrC2LkN7YMNitR4CSg6ju8KgQL58EULvFVKB8ef8IpjQ2TWeEwBmwqWGrjAAnA8aPJSiHl26NiOOkRpK-Qg-lprEPsWG072dRa0LyQHmeAF3zqVCT2__yXyj2sFNig-oP2UytI/s1600-h/daniela-jornalismo.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 187px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRmIlfblrC2LkN7YMNitR4CSg6ju8KgQL58EULvFVKB8ef8IpjQ2TWeEwBmwqWGrjAAnA8aPJSiHl26NiOOkRpK-Qg-lprEPsWG072dRa0LyQHmeAF3zqVCT2__yXyj2sFNig-oP2UytI/s320/daniela-jornalismo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5364685891143607634" /></a><br /><br />E é por essas que o teste do sofá ainda existeGuimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-20670310504620683452009-07-29T10:38:00.000-07:002009-07-29T10:40:08.837-07:00Cessem o dilúvio entorpecente<br />E para os urros aflitos das almas que salvo, cerrem as portas do purgatório<br />Pois engulo de uma vez só as chaves da caixa que isolei minhas últimas lembranças.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-28527120341683313392009-07-18T10:18:00.000-07:002009-07-18T11:44:08.659-07:00rrrrrrock!Gente, cometi um erro imperdoável: dia 13 de julho foi o dia Mundial do Rock e eu esqueci!<br />Pra não passar em branco, vai aí um vídeo do rei:<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/JmH-dpCaPUk&hl=pt-br&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/JmH-dpCaPUk&hl=pt-br&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br />Provavelmente algum dos gritos que vocês podem ouvir com seus reboladinhos (e vamos combinar, que é aquele soluço no final? Não nascem mais homens como antigamente) pertence a alguma das minhas encarnações passadas. hahaha<br /><br />Feliz dia do rock atrasado!Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-51607328719083784132009-07-16T13:22:00.000-07:002009-07-16T14:41:08.178-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHi8QrriuQcpkBEpn-a1-dy1bWv8H2oIGDeGk9FFDTVVTdkRjcFYgdG6H9-yLs7z469fTAX_eElC2G-PmuRPxWkASdLFnH62-oQ8Yx35J-5iC7Uao4_DFziycALQwrby4xPvqEab5Pj4o/s1600-h/ahh.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 209px; height: 157px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHi8QrriuQcpkBEpn-a1-dy1bWv8H2oIGDeGk9FFDTVVTdkRjcFYgdG6H9-yLs7z469fTAX_eElC2G-PmuRPxWkASdLFnH62-oQ8Yx35J-5iC7Uao4_DFziycALQwrby4xPvqEab5Pj4o/s320/ahh.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5359165042560244210" border="0" /></a><br />Um dos remanescentes do ensino médio, não tenho muita coisa a apresentar. Esse texto foi escrito para alguns dos meus trabalhos, não sei ao certo (são pouquíssimos ou nenhum meus textos escritos sem estímulo).<br />Não é grande coisa, me desagrada em grande parte, mas todos os meus outros textos estão em Bauru.<br />Bom, isso aí. E ah! Estou lisonjeada pelo Festival Paulínia de Cinema, lindo lindo!<br />Beijos para todos vocês.<br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(102, 51, 102);">Adeus.</span><br /><br />Os dedos correntes davam ao ruído ambiente um caráter engenhosamente sutil. As nuances originárias das cordas tornaval o tempo leve, dançante, diante a mente aérea da jovem lecionadora. Interpretava a partitura como um novo tenente diante de uma tropa formigante, anseante pela batalha que chegava. Habilidosamente tornava o som maquiagem das poucas primaveras que vivera.<br />Parara; guardava o cismo que a batida do metrônomo já não fazia sentido. Pura implicância; a situação pedia por algumas inquietações e discordâncias ridículas para quebrar o som que embebedava aos dois. Pôs-se a voz feminina a ditar, tímida mas perspicaz, as coordenadas para valsar o violino. Eram simples e insosas, as aulas já eram quase extintas diante da proposta do conservatório da cidade vizinha. Voltou-se para o instrumento, inquieto. Pôs-se a repetir a sequência clássica de modo quase agressivo.<br />Ela ignora. Desfoca os olhos na tentativa de "desaguá-los", observa aqueles vultos embalando uma bola ao longe pela janela. Os pontos correm, fogem, dançam, aludem ao passado da mesma professora observando o mesmo menino enforcando suas aulas em jogos de futebol. Memória que carregava angústia infinitamente menor que o momento. Ela perguntava se no fundo o que mais sentia era inveja, daquele jovenzinho prodigioso, dono daquela liberdade que ela via pelas janelas, escondida. Ela sempre sentira-se presa.<br />Em especial naquele momento. Sente-se engaiolada. Estorricada. Esfarelavam-se em seu poder laços nunca existentes; desprenderiam de um ímpeto venturoso, somente a uma mulher em estado consternado definível, tais momentos como aquele.<br />Voltam-se um para o outro diante de um erro grotesco. Talvez proposital. Seria inútil, mas de suma satisfação, se sua maturidade musical fosse presente em sua percepção. Inútil pelo tempo transcorrido; um abismo de anos entre duas almas desorientadas. Morais humanas gritantes frente a momentos estáticos certos. Ela estava complementava, mas enojada por seus pensamentos que seriam imprudentes a uma mestra.<br />Queria respostas. Mutualiticamente buscou-as fundo, perante sua postura não exitante. Aproximou-se. A mão sem calor pôs-se entre a mão masculina. Ambas fecharam em um movimento anseante. Assoprou um suspiro quente, correspondido por um sorriso tremente. Inacabável simbiose, embalada de ameaças de toques proibidos. Juntaram-se mais, em uma delicadeza lenta como a de um vira-lata que se aproxima de alguém que oferece alimento. Tímidos, temerosos. Perdiam os sentidos sociais de moral quando põe-se o tinir estridente da campainha.<br />Enrolam-se em um abraço seco e duradouro. O jovem levantou e carregou o instrumento até a porta, onde esperavam seus pais, agradecidos pela última aula cedida. Desfazia-se qualquer contato, naquele desfecho que nenhum deles queria trancar. A professora olhou-o pela última vez, pra fixar na memória. Tudo que ela via era um menino mas saía dali a mente de um homem.Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-48931981266440605622009-07-09T10:53:00.000-07:002009-07-09T16:01:08.097-07:00Eu experimentei esse início de férias em Campinas e já fui alfinetada naquela ferida que me faz desgostosa da cidade: a cultura aqui é semi-nula; no sentido que as opções são tão escassas que parece que presenciamos alguma piada de mal gosto. Só pelo fato de encontrar os shoppings formigantes pode-se desprender que há algo de errado ( e muito!).<br />Uma das minhas críticas mais árduas vai quanto ao <span style="font-weight: bold;">cinema</span>, exceto os filmezinhos mais batidos(que chegam até nas cidadezinhas afastadas do estado de São Paulo). Possuíamos o Cinema Jaraguá, que acolhia alguns dos filmes do circuito europeu e de caráter não tão atrativo para os cinemas grandes; tinha uma localização ótima, instalações boas e preço acessível. Foi extinto e teoricamente mudado para o Shopping Prado- mas, conforme pode se observar nas programações expostas, têm os filmes expostos bem diferente do que era antes. Há também o cinema Paradiso, que ostenta as graças de um local onde as pessoas vão para ver um bom filme. O duro é a localização: o centro campineiro peca bastante à noite.<br />Quanto ao <span style="font-weight: bold;">teatro</span>, seria brilhante se o sucesso da Campanha de Popularização perdurasse durante todo o ano. Você vê que fatores como o preço e uma boa campanha chamam o público(não é culpa do povo, mas de quem promove!). O teatro Castro Mendes dá um desgosto danado.<br /><br />Bom, chega de insatisfações por hoje. Fecho com uma versão magnífica de uma música da Brigitte Bardot, ouçam!<br /><br /><span style="font-weight: bold;"><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ssHV0eTCeTc&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/ssHV0eTCeTc&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></span><br /><span style="font-weight: bold;"><br /><br /></span>Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2740177224369781118.post-64333360655260619892009-07-07T11:13:00.000-07:002009-07-07T12:35:13.943-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP6H3P_BSjxvp0YTMqCrk4VyFsEBj6ZIxAxynf0K2r3GXlFGvZBILoJIoXHui3pd38ogdMPJ0sYrA7xq6LdAK6H-dGRRbBkP_o6E9ElueOOSjv5M2q1pHudXS_dFRbW9qLPApLjv1wGoA/s1600-h/OgAAAEmjkzr7tEPeUfFQ0L1JKVHY5juVgqnUZ6x4YioJ1CqAv_WXXf3xxZdxHHPXYR5KQUBxk52sv23OeY9XqYuYH54Am1T1UEp4kwp1jwxRHKr7-cpZRLcRTQGx.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 218px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP6H3P_BSjxvp0YTMqCrk4VyFsEBj6ZIxAxynf0K2r3GXlFGvZBILoJIoXHui3pd38ogdMPJ0sYrA7xq6LdAK6H-dGRRbBkP_o6E9ElueOOSjv5M2q1pHudXS_dFRbW9qLPApLjv1wGoA/s320/OgAAAEmjkzr7tEPeUfFQ0L1JKVHY5juVgqnUZ6x4YioJ1CqAv_WXXf3xxZdxHHPXYR5KQUBxk52sv23OeY9XqYuYH54Am1T1UEp4kwp1jwxRHKr7-cpZRLcRTQGx.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355803926654163314" border="0" /></a><br />Um tequinho de perseverança, um empurrãozinho das férias e voi lá, blog novo!<br /><br /><br />Os conceitos- e quaisquer idéias, mesmo que quase inexistas- estão ainda em construção. Mas quem me conhece já deve imaginar o que será disso; melhor até que a própria autora.<br /><br /><br />Beijos vermelhos em todos os meus queridos :<span style="color: rgb(255, 0, 0);">*</span>Guimarães Amandahttp://www.blogger.com/profile/11459914145247144932noreply@blogger.com2