Sob as rodas correntes de um ônibus interurbano na madrugada, dou-me conta de um pulsar dolorido. Minhas memórias transcorrem, sobrepostas e percebo que tais quais só existem da cidade em que saio. Dessas viagens vem meus momentos de existência; mas vale se forem pontuais? Reajo pontualmente pois vivo tal como. Se aqui me estagno, apodreço, lá eu defloro, sou. Dei-me conta ontem, no ônibus interurbano, que lá eu vivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário