terça-feira, 20 de outubro de 2009

Já dividi meu apreço pela obra da Lygia Fagundes Telles?

Não irei nem explanar o que sinto, acho que esse trechinho dela já fala:

"Estranho, sim. As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados. Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e que pode explodir como um terreno minado, muita cautela ao pisar nesse terreno. Com sua disciplina indisciplinada, os amantes são seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio, ameaça. Se o amor na sua doação absoluta os faz mais frágeis, ao mesmo tempo os protege como uma armadura. Os apaixonados voltaram ao Jardim do Paraíso, provaram da Árvore do Conhecimento e agora sabem."


A disciplina do amor

2 comentários:

  1. Eu creio que apaixonados vivem em outro tempo. Os não apaixonados os enxergam como almas que pairam bem lá no alto... sentem que eles estão em outro mundo. O casal amante sente a passagem da vida e o fluir dos dias como um rio sagrado. Os que estão de fora apenas olham o relógio.

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  2. Esse texto me tocou profundamente. No entanto, não encontro palavras para descrever tal sensação.

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